Trabalhos de iniciação científica são apresentados na SNCT

Trabalhos de iniciação científica são apresentados na SNCT
outubro 16 22:16 2012

posteresFazer um intercâmbio de informações científicas. Essa é uma das ações que a III Mostra Científica do Maranhão tem possibilitado durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai até o próximo sábado (20), das 09h às 20h, na área externa do São Luís Shopping. Entre as atividades disponíveis ao público, a Mostra contempla oficinas, minicursos, palestras e apresentações de pôsteres desenvolvidos por alunos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica, da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (PIBIC/FAPEMA).

Quem vier ao evento poderá saber sobre trabalhos como o projeto que estuda recursos florais importantes para abelhas indígenas sem ferrão em área de cerrado no Maranhão, que é orientado pela professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Patrícia Albuquerque. “A gente quer avaliar os recursos das abelhas, no caso, escolhemos a Tiuba que é abelha mais criada aqui no Estado , fazendo uma análise polimica do mel, do geoprópolis e do pólen da Tiuba. Sabemos que a destruição dos habitats é uma coisa vista a olho nu e que é muito difícil conter, mas a importância disso é, justamente,  saber quais são as plantas que são importantes para que o mel seja produzido”, afirmou a professora.

O projeto trabalha com a análise polímica, que funciona como nossa impressão digital, ou seja, é única, cada espécie de planta tem um grão de pólen exclusivo e por esse grão de pólen, pode-se dizer qual é a espécie de planta. Para que isso ocorra, o estudo precisa saber quais são as plantas que devem ser conservadas, conscientizando o homem a não desmatar área usada pelas abelhas para produção de mel.

“Esse momento de exposição dos resultados e dos trabalhos financiados pela Fapema é importantíssimo, porque se tem a oportunidade de não só apresentar os projetos que estão sendo feitos, mas de ouvir o trabalho dos outros, das outras universidades, das outras áreas. É interessante porque aqui não estão falando apenas com comunidade universitária, mas também com alunos de nível médio e o público em geral. Então, isso é uma experiência muito grande para os nossos orientandos”, destacou Patrícia Albuquerque.

Outro trabalho financiado pelo PIBIC/FAPEMA foi do estudante da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Saulo José Sales que tem o projeto: “Aspectos e impactos em mangues de São Luís”. O trabalho objetivou fazer um levantamento da realidade da área de mangue na capital maranhense, salientando o crescimento desordenado e acelerado da cidade, além de analisar como era e como estão agora as áreas de mangue. “Já encontramos alguns resultados e, infelizmente, podemos observar que há uma grande quantidade de lixo doméstico nessas áreas. E vimos ainda que a falta de planejamento urbano na criação de prédios, casas e avenidas afetaram o manguezal e toda sua cadeia alimentar. Além disso, estamos também conversando com os moradores dessas áreas para saber quais os tipos de doença são mais comuns e assim, trabalhar com possibilidades que promovam  uma urbanização sustentável”, explicou.

A coordenadora do Seminário de Iniciação Científica da FAPEMA (SEMIC/FAPEMA) e assessora de Planejamento e Ações Estratégicas, Márcia Maciel falou também sobre o momento importante que reúne diversas áreas e instituições para promover o conhecimento. “Nós temos a oportunidade de resgatar, de pegar, trabalhos de alunos que já tem os resultados concluídos, finalizados e também estamos trabalhando com alunos que estão iniciando a bolsa de iniciação científica. É o momento onde a Semana Nacional reúne todas as instituições de forma geral e aqui no seminário de iniciação científica, temos dois momentos: a parte de pôsteres e a parte oral, em que os alunos vão expor os resultados já alcançados”, destacou Márcia Maciel.

sitwA ocasião, segundo a coordenadora,  envolve alunos e orientadores de todas as áreas, visando trazer um retorno social do que eles desenvolveram no laboratório ou nas pesquisas de campo. Com esse apoio financeiro (PIBIC/FAPEMA), eles conseguiram alcançar belíssimos resultados. E é importante trazer para um evento deste porte esse retorno social do que é feito nas universidades, mostrando para  um público variado, composto por pesquisadores e não pesquisadores”, completou a coordenadora.